Marie Tharp nasceu em 30 de julho de 1920, nos EUA. Desde criança ela já demonstrava interesse por cartografia, mas também gostava muito de leitura e literatura, tendo posteriormente cursado Língua Inglesa e Música na Universidade de Ohio, onde se formou em 1943.
Em meados da década de 40, Marie obteve o Mestrado em Geologia do Petróleo na Universidade de Michigan e trabalhou por um curto período de tempo na petrolífera Stanolind. No entanto, achou o trabalho muito entediante e retomou os estudos, obtendo sua segunda graduação, mas dessa vez em Matemática, na Universidade de Tulsa.
Em 1948, Marie foi contratada como assistente no Lamont Geological Laboratory na Universidade de Columbia, por Maurice “Doc” Ewing. Marie era encarregada de fazer redações e cálculos para os alunos do laboratório, todos homens.
Foi com o aluno Bruce Heezen que ela realizou trabalhos tentando mapear o fundo oceanico. Por ser mulher, não era permitido que Marie fosse a campo fazer coleta de dados. Assim, Heezen partia por expedições em navios e mandava as informações de sondagens obtidas para Tharp, que as reunia, organizava e interpretava.
Tharp e Heezen concluíram o mapeamento do Atlântico Norte em 1959, do Atlântico Sul em 1961 e do Oceano Índico em 1964. Eles estabeleceram uma parceria com o pintor Austríaco Heinrich Berann em 1966, que reuniu o resultado de tantos anos de trabalho em um mapa de todo o assoalho oceânico. O mapa, ainda utilizado atualmente, foi publicado pelo Escritório de Pesquisa Naval dos EUA em 1977.
Após a morte de Heezen, Marie dedicou-se a arquivar e catalogar o trabalho que fizeram juntos, buscando fazer conexões para alcançar uma visão mais abrangente dos oceanos.
Ela faleceu em 23 de agosto de 2006 aos 86 anos. O reconhecimento por sua atuação científica veio apenas nas décadas mais recentes, tendo recebido em 2001 o prêmio Lamont-Doherty pelas grandes contribuições de seu trabalho à ciência.
Fonte: Blog Unicamp