Neta de um ex-escravo que se formou médico e filha de um dos primeiros negros a se graduarem em Medicina em Harvard, Jane Cooke Wright contribuiu para o desenvolvimento da quimioterapia.
No início e meados do século XX, o câncer era tipicamente tratado com uma combinação de cirurgia e radioterapia (aplicação de energia/radiações ionizantes diretamente no local do tumor).
No entanto, embora muitas vezes eficazes, por inúmeras razões, alguns tumores são inoperantes e resistentes a radiação. Estes foram as melhores opções de tratamentos disponíveis por muito tempo.
Depois de se formar em 1945 na New York Medical College, começou a carreira na pesquisa sobre o câncer, trabalhando com seu pai no Harlem Hospital.
Pesquisavam tratamentos para a doença em um momento em que a oncologia era uma especialidade cirúrgica.
Jane desenvolveu técnicas para abordar o tratamento do câncer, que poupava tempo. Em vez de testar os quimioterápicos diretamente nos pacientes, Jane testava apenas amostras de seus tecidos cancerosos.
Isso lhe permitia criar prontamente o tratamento mais eficaz. Também encontrou um modo de tratar tumores de difícil acesso. Em vez de remoção cirúrgica de todos os tumores, que poderia acontecer a remoção de órgãos inteiros, desenvolveu um modo menos invasivo de se levar os quimioterápicos exatamente a algumas áreas do corpo por meio de um cateter.
Em tempos que quase não se via médicos afro-americanos e ainda menos mulheres, Jane tornou-se uma líder na área da oncologia. Ela foi cofundadora da American Society of Clinical Oncology (ASCO)e reitora associada da New York Medical College. Ela também foi a primeira mulher a ser presidente da New York Cancer Society.
Jane faleceu no dia 19 de fevereiro de 2013 em sua casa em Guttenberg, Nova Jersey, EUA. Ela sofria de demência e tinha 93 anos.
Fonte: mtciencias.com.br